Sustentabilidade, novas embalagens e tendências foram os destaques da segunda jornada da ProWine São Paulo, que aconteceu nesta última terça-feira.

O painel de abertura, “Vinã Concha y Toro: o Valor de Grandes Marcas”, como o título já denuncia, mostrou que um nome consolidado tem que ir além de oferecer um produto de excelência. Como tal, a companhia que reúne marcas consolidadas como Don Melchor, o Marques de Casa Concha e o Casillero del Diablo, e é a principal produtora de vinhos da América Latina e a segunda do mundo em vinhedos próprios, começou a implementar há três anos, novas práticas em prol de suas pessoas, da sociedade e do planeta. O resultado? A conquista da certificação internacional B, selo que só raras 4 mil empresas no mundo possuem, e que valoriza projetos de impacto positivo e sustentável para o futuro em esferas diversas: seja ao indivíduo, seja para o meio-ambiente. A apresentação foi conduzida por Pietro Capuzzi, representante da vinícola, que está presente em 147 países, ao lado do presidente no Brasil, Mauricio Cordero; e do sommelier Anderson de Souza.  

Tendências
Mais do que nunca, os ‘novos tempos’ pedem renovação! E, para tanto, a mesa-redonda “Bebidas Mistas e o Apelo do Público Jovem”, compartilhou dois cases de sucesso do mercado de Ready to Drink – pronto para beber. São eles: o da Bakko, de Daniel Gambardelli, da Distillruptive, que nasceu e lançou, em plena pandemia, dois drinques autorais com assinatura de um bartender – mais três, seguindo o mesmo estilo, estão nos planos para esse ano, que vai fechar ainda com uma linha dedicada à coquetéis clássicos.   Já Ana Flávia Siqueira, da Cachaça Siqueira, um tradicional alambique do interior paulista, inova um setor ‘conservador’, digamos, levando também para a lata um drinque com cachaça! O mercado é mais do que promissor: em 2020, no aspecto global, faturou-se 800 milhões de dólares! “O potencial é gigantesco por inúmeros fatores: a pandemia impossibilitou a ida ao bar preferido e as casas começaram a vender, no delivery, drinques prontos, a aceitação foi ótima e ficou; ainda há a questão de insumos que não chegam tão fácil fora do eixo Rio-SP; além da lata, que tem índice de reciclagem no país que atinge 98%, e acaba sendo muito mais sustentável que uma garrafa”, pontua Maurício Maia, mediador da conversa.


No mundo vitivinícola, uma das promessas foi apresentada pela jornalista especializada Suzana Barelli, com o “Uvas autóctones e Promissoras”, com Vinhos de Portugal. “Me encanta ver como um país pequenino é tão expressivo no mapa mundial. Todas as suas regiões produzem vinhos, a geografia privilegiada tem influências do Atlântico e do continente, refletindo positivamente sua imensa diversidade de castas nativas, que são cerca de 250, configurando-se como uma grande tendência para o mercado explorar”, pontua a expert, que apresentou 10 rótulos, destacando uvas como a Touriga Nacional, a mais conhecida da ‘terrinha’; até a Rabigato, as Vinhas Velhas do Douro, Tinta Caiada, Sousão, Baga e Encruzado.

Vale ressaltar que uma pesquisa da ProWein, de 2019, analisou ‘qual a procedência que os consumidores de vinhos mais buscam’ e os portugueses e os sul-africanos empatam, em primeiro lugar, com 23% da preferência cada um, em um panorama global.

Futuro

Suzana Barelli voltou ao palco para mediar o “Dados de Mercado e Projeções para 2022”, com Felipe Galtaroça, da Ideal Consultoria, e Christian Burgos, da Revista Adega e um dos organizadores da ProWine São Paulo. E, se for preciso resumir, em poucas linhas, tal painel, seria “muita coisa nova, leia-se em hábitos, em consumidor, em produtos; e um cenário extremamente positivo”. Segundo Burgos, o país sempre teve a tradição do vinho de mesa, que é mais doce e nada tem a ver com poder financeiro, é realmente algo cultural e uma nova denominação chamada de ‘Sweet’, deve performar muito bem. Com a falta de garrafas de vidro e com o aparecimento ‘do novo bebedor’ de vinho, categorias como bag in box e vinhos de lata, só tendem a crescer mais ainda.

Um dado importante foi que o fator “Covid 19” elevou as taxas brasileiras a índices jamais vistos, fato que diferente do que todo mundo poderia imaginar, não aconteceu em muitos países – vários, inclusive, até viram o consumo de vinho baixar. “Em 2020, tivemos 500 milhões de litros! É um marco histórico, espetacular, visto que no ano anterior, foram 380 milhões”, pontua Galtaroça.

Nossos vizinhos

O dia concluiu-se, em grande estilo, com o Uruguai e a emblemática Garzòn,
com uma Vertical de Balasto, oferecido pela World Wine, conduzida por Eduardo Felix, engenheiro agrônomo da vinícola, que ao lado de Alberto Antonini e Germán Bruzzone, desenhou essa icônica linha, um projeto ousado capaz de posicionar o país no mapa mundial do vinho. “Balastro representa nosso solo, nosso clima, nosso terroir e, a cada ano, vai ter uma identidade, proporcionando safras únicas. A coluna vertebral é sempre Tannat, com 40 a 50%; além de castas como a Cabernet Franc, Marselan e Petit Verdot”, declara Felix.

Orantes.c assessoria de comunicação
Por Letícia Rocha

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