Pesquisa mostra que substâncias da bebida ajudam a prevenir cáries e outras inflamações
Será que esse é o motivo de Jesus ter transformado água em vinho? Brincadeiras à parte, cientistas descobriram que a bebida, consumida moderadamente, pode ajudar na prevenção de infecções de garganta e até cáries. A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade de Pavia, na Itália, e publicada na renomada revista Journal of Agricultural and Food Chemistry, analisou os efeitos antimicrobianos de compostos presentes tanto no vinho tinto quanto no branco.
Os polifenóis, incluindo o resveratrol e os taninos, foram apontados como os principais responsáveis pela ação antimicrobiana. Esses compostos, presentes na bebida, ajudam a inibir o crescimento de bactérias como os estreptococos orais patogênicos, relacionados a inflamações na garganta e ao surgimento de cáries. Segundo o estudo, esses compostos possuem um efeito antiadesivo, que impede as bactérias de se fixarem nos tecidos e causarem problemas.
“Os extratos de vinho e de sementes de uva demonstraram reduzir significativamente bactérias como P. gingivalis, associada a inflamações, e F. nucleatum, ligada a lesões de gengivite”, detalha a pesquisa.
O consumo moderado é a chave
Apesar das descobertas promissoras, especialistas reforçam que o consumo de vinho deve ser moderado. O biólogo e pesquisador Fabiano de Abreu Agrela destaca que exagerar na dose pode ser prejudicial, anulando os benefícios da bebida. “O ideal é uma taça por dia, sempre com acompanhamento médico, especialmente no caso de idosos ou pessoas que fazem uso de medicamentos”, orienta.
Além do efeito antimicrobiano, o vinho já é conhecido por seus benefícios cardiovasculares e por seu potencial na prevenção de doenças como o câncer. A nova descoberta apenas reforça a ideia de que o consumo consciente pode integrar uma rotina de cuidados com a saúde.
Fonte: Curta Mais
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