Comitê Champagne amplia lista de variedades permitidas e reconhece o potencial agronômico e sensorial da Chardonnay Rosé
O Comitê Champagne, órgão responsável por regulamentar a produção da bebida na França, aprovou oficialmente o uso da variedade de uva Chardonnay Rosé na elaboração de champanhes.
A decisão, divulgada sete anos após o reconhecimento da cepa como variedade oficial de vinho francês, marca um novo capítulo na viticultura do país e amplia o leque de uvas autorizadas na Denominação de Origem Controlada (DOC) Champagne.
Com a inclusão, a Chardonnay Rosé torna-se a oitava variedade aprovada para a produção de champanhe. Segundo o Comitê Champagne, trata-se de uma mutação natural da Chardonnay branca, com perfil de sabor semelhante e frescor característico, mantendo o equilíbrio tradicional da bebida.
Além do aspecto sensorial, a uva apresenta vantagens agronômicas relevantes. De acordo com o produtor Aaron Lange, da vinícola LangeTwins, as cascas rosadas da variedade são mais resistentes à podridão e menos suscetíveis a queimaduras solares — características importantes diante do aumento das ondas de calor previstas para os próximos anos.
A crescente aceitação da Chardonnay Rosé reflete o interesse do setor em diversificar a base genética das vinhas e ampliar a resiliência dos vinhedos franceses. A expectativa é de que a variedade, até então restrita a pequenas produções experimentais, ganhe espaço comercial e comece a aparecer com maior frequência nas adegas e lojas especializadas ao redor do mundo.