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Novos terroirs, novos sabores: o perfil do vinho brasileiro da Safra 2025

Mudanças foram divulgadas durante a 33ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2025, em Bento Gonçalves

O vinho brasileiro ganhou novos endereço e estilos. É o que mostrou, em taça, a 33ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2025, realizada no dia 25 de outubro, em Bento Gonçalves. Pela primeira vez, três das 16 amostras mais representativas do ano vieram de regiões fora do Rio Grande do Sul, com vinhos de São Paulo e do Distrito Federal disputando espaço ao lado das tradicionais vinícolas gaúchas.

— É um retrato fiel da evolução do setor, com qualidade elevada e estilos variados que traduzem a força do vinho brasileiro — analisou Mário Lucas Ieggli, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), organizadora da iniciativa.

Espécie de noite de gala dos vinhos brasileiros, o evento busca definir o perfil da produção de cada ano. Em 2025, além das variações geográficas, chamou a atenção o volume de amostras degustadas, que bateu recorde. Foram 533 amostras avaliadas às cegas por 90 enólogos. Deste total, saíram as 16 amostras mais representativas que foram conhecidas no sábado por 800 pessoas, entre enólogos, apreciadores de vinho e o público em geral.

Juan Alba, ator, entusiasta do vinho e um dos 16 avaliadores convidados para a noite percebeu outra característica neste ano:

— O vinho brasileiro não está crescendo apenas em número, mas em complexidade, em nuances.

De fato, os vinhos da safra 2025 também refletem novos terroirs, técnicas modernas de vinificação e atenção ao detalhe: espumantes mais elegantes, brancos com frescor equilibrado, tintos complexos e rosés vibrantes.

O que muda no perfil do vinho brasileiro em 2025

  • Espumantes: mais frescor e aromas delicados, aproveitando a altitude de regiões como Pinto Bandeira e São Roque.
  • Brancos: maior acidez e equilíbrio, com destaque para uvas aromáticas que entregam aromas de frutas tropicais e florais.
  • Tintos: corpo e estrutura reforçados por castas como Cabernet Franc, Marselan e Tannat, adaptadas a diferentes climas.
  • Rosés: vibrantes, frutados e versáteis, perfeitos para acompanhar o dia a dia ou ocasiões especiais.
  • Novos territórios: vinícolas fora do Rio Grande do Sul mostram que o potencial enológico brasileiro vai muito além das fronteiras históricas.

 

Números que mostram força

  • 533 amostras degustadas às cegas por 90 enólogos
  • 76 vinícolas participantes de 10 estados
  • 280 garrafas servidas a 800 apreciadores nacionais e internacionais

 

Fonte: GauchaZH

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