Produção de vinhos brancos na Argentina alcança 3,1 milhões de hectolitros, superando o Malbec
com aumento na diversidade de variedades cultivadas e no interesse dos consumidores. Segundo dados do “Relatório Final de Produção e Colheita 2025”, divulgado pelo Instituto Nacional de Vitivinicultura (INV), apontam que mais de um bilhão de litros de vinho foram produzidos até 18 de maio no país.
Desse total, a produção de vinhos brancos alcançou 3,1 milhões de hectolitros, superando a produção de Malbec vinificado como varietal único, que somou 2,4 milhões de hectolitros.
O relatório detalha que as principais variedades de uvas brancas colhidas em Mendoza — principal região produtora — foram Pedro Giménez, Torrontés sanjuanino, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Entre essas, apenas Chardonnay e Sauvignon Blanc costumam ser destinadas a vinhos engarrafados, enquanto as demais são amplamente usadas para vinhos em embalagens de Tetra Pak, que representaram 37% do consumo nacional em 2023.
O cultivo de uvas brancas abrange diferentes regiões e condições climáticas. A colheita se inicia já em janeiro nos vales quentes de Jujuy e pode se estender até maio, em zonas frias como Trevelin, em Chubut. A diversidade também se reflete na introdução de novas variedades, como Gibi (também conhecida como Hebén), cultivada em Mendoza e utilizada em vinhos naturais.
Além disso, cresce o interesse por vinhos de contato com casca — também chamados de laranjas — que conferem maior complexidade e versatilidade gastronômica. No caso do Riesling, por exemplo, foram colhidos 616 mil quilos em Mendoza, sendo parte utilizada para vinhos com essa técnica.
O movimento busca atender a um público que valoriza vinhos mais frescos, com menor presença de taninos e uso moderado de carvalho, alinhado a tendências de consumo mais contemporâneas.
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